Uma
das principais coisas que chamam atenção na cultura nordestina são as músicas e
as danças contidas nela. Quando falamos em nordeste, lembramos logo de xote, xaxado
e baião, que caracterizam bastante a cultura nordestina.
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Dançarinos do Baião |
O
baião associa os termos "baiano" e "rojão", pequenos
trechos musicais executados por viola, no intervalo dos desafios entre os
cantadores de improviso. Mas o gênero consagrou-se e ganhou novas
características quando o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga popularizou-o
através do rádio em todo o Brasil. É este o ritmo que predomina hoje nos forrós.
O xote é um ritmo
mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no
Nordeste e mistura os passos de valsa e de polca. É uma dança muito versátil e
pode ser encontrada, com variações rítmicas. Diversos outros ritmos possuem uma
marcação semelhante, podendo ser usados para dançar o xote, que tem incorporado
também diversos passos de dança e elementos da música latino-americana, como,
por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e mambo.
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Dançarinos do Xaxado |
Quanto ao xaxado,
originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos
cangaceiros, sem acompanhamento instrumental, com o ritmo marcado pela coronha
dos rifles, batidos no chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopéia do xá-xá-xá
que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão. A dança, difundida
por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga,
"nessa dança, a dama é o rifle". As roupas eram sempre em tons
marrons e cáqui, de couro para que se protegessem dos espinhos da caatinga do
sertão e sempre acompanhadas do rifle e da alpercata do mesmo material. E até
hoje esses ritmos fazem parte da nossa cultura nordestina.
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