domingo, 10 de junho de 2012

Xote, Xaxado e Diversão

      Uma das principais coisas que chamam atenção na cultura nordestina são as músicas e as danças contidas nela. Quando falamos em nordeste, lembramos logo de xote, xaxado e baião, que caracterizam bastante a cultura nordestina.
Dançarinos do Baião
     O baião associa os termos "baiano" e "rojão", pequenos trechos musicais executados por viola, no intervalo dos desafios entre os cantadores de improviso. Mas o gênero consagrou-se e ganhou novas características quando o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga popularizou-o através do rádio em todo o Brasil. É este o ritmo que predomina hoje nos forrós.
      O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de valsa e de polca. É uma dança muito versátil e pode ser encontrada, com variações rítmicas. Diversos outros ritmos possuem uma marcação semelhante, podendo ser usados para dançar o xote, que tem incorporado também diversos passos de dança e elementos da música latino-americana, como, por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e mambo.
Dançarinos do Xaxado
    Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos cangaceiros, sem acompanhamento instrumental, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopéia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão. A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, "nessa dança, a dama é o rifle". As roupas eram sempre em tons marrons e cáqui, de couro para que se protegessem dos espinhos da caatinga do sertão e sempre acompanhadas do rifle e da alpercata do mesmo material. E até hoje esses ritmos fazem parte da nossa cultura nordestina.


Angela Cartaxo



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