Luiz Gonzaga do Nascimento era
filho de Januário José Santos, um lavrador e sanfoneiro; e de Ana Batista de
Deus, agricultora e dona de casa. Desde criança se interessou pela sanfona do
pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas, feiras e forrós.
Saiu de casa em 1930 para
servir ao exército, mas sua fama de sanfoneiro já era conhecida. Viajou pelo
Brasil e de vez em quando se apresentava em festas tocando sanfona. Quando foi
em 1939 foi morar no Rio de Janeiro com sua primeira sanfona nova.
Passou a tocar nos cabarés,
bares e até mesmo nas ruas recolhendo dinheiro com o chapéu. Começou a participar
de programas de calouro, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ari Barroso,
tocou sua música (Vira e mexe) que ficou em 1° lugar. A partir de então,
começou a participar de vários programas inclusive gravando discos, como
sanfoneiro para outros artistas. Até que em 1941 passou a gravar como solista.
Continuou
fazendo programas em rádio, como “Rádio Clube do Brasil” e na “Rádio Tamoio”.
Em 1946 começou uma parceria com Miguel Lima que colocou letra em ''Vira e
mexe'', transformando-a em “Chamego” que faz bastante sucesso. Nessa época também, ele recebeu o apelido “Lua” do seu
amigo Paulo Gracindo.
Luiz Gonzaga no programa J. Silvestre |
Sua parceria com Miguel Lima
decolou e várias músicas fizeram sucesso, como: "Dança Mariquinha" e
"Cortando Pano", "Penerô Xerém" e "Dezessete e
Setecentos", agora gravadas pelo sanfoneiro e, também cantor, Luiz Lua
Gonzaga. No mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto Teixeira, com
quem sedimentou o ritmo do baião, com músicas que tematizavam a cultura e os costumes
nordestinos. Seus sucessos eram quase anuais: "Baião" e "Meu Pé
de Serra" (1946), "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" e
"Mangaratiba" (1948) e "Paraíba" e "Baião de
Dois" (1950).
Em 1945, assumiu a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora e
dançarina Odaléia. E, em 1948, casou-se com Helena das Neves. Dois anos depois,
conheceu Zé Dantas, seu novo parceiro, pois Teixeira cumpria mandato de
deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950, fizeram sucesso com
"Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca". Nessa década, a
música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.
Luiz Gonzaga com seu filho Gonzaguinha |
Outros ritmos, como a
bossa-nova, subiram ao palco, e o Rei do Baião voltou a fazer shows pelo
interior, sem perder a popularidade. Zé Dantas faleceu em 1962 e o rei fez
parcerias com Hervê Cordovil, João Silva e outros. "Triste Partida"
(1964), de Patativa do Assaré, foi também um grande sucesso. Geraldo Vandré,
Gilberto Gil e Caetano Veloso começaram a regravar as músicas de Luiz e sempre o
citavam como uma das suas influências. Durante os anos 70, fez shows no Teatro
Municipal, de São Paulo e no Tereza Raquel, do Rio de Janeiro.
Nos anos 80, sua carreira tomou
novo impulso. Gravou com Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento
etc. Sua dupla com Gonzaguinha deu certo. Fizeram shows por todo o país com
"A Vida de Viajante", passando a ser chamado de Gonzagão. Em 84,
recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época
apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o
homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de
500 canções. O grande rei do baião “Luiz Gonzaga”, morreu em Recife (PE), em 2
de agosto de 1989.
Esse vídeo, é uma animação que foi criada como
homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga. E que
mostra uma boa parte da sua história, e dos seus méritos.
Gabrielle Rodrigues e Kamilla Rafhaella
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/luiz-gonzaga.jhtm
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