domingo, 10 de junho de 2012

Biografia do Rei do Baião!


   Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, um lavrador e sanfoneiro; e de Ana Batista de Deus, agricultora e dona de casa. Desde criança se interessou pela sanfona do pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas, feiras e forrós.
   Saiu de casa em 1930 para servir ao exército, mas sua fama de sanfoneiro já era conhecida. Viajou pelo Brasil e de vez em quando se apresentava em festas tocando sanfona. Quando foi em 1939 foi morar no Rio de Janeiro com sua primeira sanfona nova.
   Passou a tocar nos cabarés, bares e até mesmo nas ruas recolhendo dinheiro com o chapéu. Começou a participar de programas de calouro, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ari Barroso, tocou sua música (Vira e mexe) que ficou em 1° lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas inclusive gravando discos, como sanfoneiro para outros artistas. Até que em 1941 passou a gravar como solista.
   Continuou fazendo programas em rádio, como “Rádio Clube do Brasil” e na “Rádio Tamoio”. Em 1946 começou uma parceria com Miguel Lima que colocou letra em ''Vira e mexe'', transformando-a em “Chamego” que faz bastante sucesso. Nessa época também, ele recebeu o apelido “Lua” do seu amigo Paulo Gracindo.
Luiz Gonzaga no programa J. Silvestre
   Sua parceria com Miguel Lima decolou e várias músicas fizeram sucesso, como: "Dança Mariquinha" e "Cortando Pano", "Penerô Xerém" e "Dezessete e Setecentos", agora gravadas pelo sanfoneiro e, também cantor, Luiz Lua Gonzaga. No mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto Teixeira, com quem sedimentou o ritmo do baião, com músicas que tematizavam a cultura e os costumes nordestinos. Seus sucessos eram quase anuais: "Baião" e "Meu Pé de Serra" (1946), "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" e "Mangaratiba" (1948) e "Paraíba" e "Baião de Dois" (1950).
   Em 1945, assumiu a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora e dançarina Odaléia. E, em 1948, casou-se com Helena das Neves. Dois anos depois, conheceu Zé Dantas, seu novo parceiro, pois Teixeira cumpria mandato de deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950, fizeram sucesso com "Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca". Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.
Luiz Gonzaga com seu filho Gonzaguinha
   Outros ritmos, como a bossa-nova, subiram ao palco, e o Rei do Baião voltou a fazer shows pelo interior, sem perder a popularidade. Zé Dantas faleceu em 1962 e o rei fez parcerias com Hervê Cordovil, João Silva e outros. "Triste Partida" (1964), de Patativa do Assaré, foi também um grande sucesso. Geraldo Vandré, Gilberto Gil e Caetano Veloso começaram a regravar as músicas de Luiz e sempre o citavam como uma das suas influências. Durante os anos 70, fez shows no Teatro Municipal, de São Paulo e no Tereza Raquel, do Rio de Janeiro.
   Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso. Gravou com Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento etc. Sua dupla com Gonzaguinha deu certo. Fizeram shows por todo o país com "A Vida de Viajante", passando a ser chamado de Gonzagão. Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. O grande rei do baião “Luiz Gonzaga”, morreu em Recife (PE), em 2 de agosto de 1989.


Esse vídeo, é uma animação que foi criada como
homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga. E que
mostra uma boa parte da sua história, e dos seus méritos.




Gabrielle Rodrigues e Kamilla Rafhaella


Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/luiz-gonzaga.jhtm

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