domingo, 10 de junho de 2012

Músicas: Asa Branca, A Volta da Asa Branca e Aroeira

Asa Branca:


Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração

A Volta da Asa Branca:

Já faz três noites
Que pro norte relampeia
A asa branca
Ouvindo o ronco do trovão
Já bateu asas
E voltou pro meu sertão
Ai, ai eu vou me embora
Vou cuidar da prantação
A seca fez eu desertar da minha terra
Mas felizmente Deus agora se alembrou
De mandar chuva
Pr'esse sertão sofredor
Sertão das muié séria
Dos homes trabaiador
Rios correndo
As cachoeira tão zoando
Terra moiada
Mato verde, que riqueza
E a asa branca
Tarde canta, que beleza
Ai, ai, o povo alegre
Mais alegre a natureza
Sentindo a chuva
Eu me arrescordo de Rosinha
A linda flor
Do meu sertão pernambucano
E se a safra
Não atrapaiá meus pranos
Que que há, o seu vigário
Vou casar no fim do ano.

Aroeira:

Passei um dia pela sombra da aroeira
Mas que árvore traiçoeira, veja em que eu fui me meter
Fiquei dez dias numa baita comichão
Corpo emzambuado desde o imbigo até o dedão
Desde esse dia, nunca mais entrei no mato
Prefiro carrapato a ter de novo a coçação
Desde esse dia, nunca mais entrei no mato
Prefiro carrapato a ter de novo a coçação
Pois teu amor comicha mais que aroeira
Vou fazer uma benzedura pra ele não me comichar
Faço uma cruz com três raminhos de alecrim
E antes que chegue no tempo, teu amor não coça em mim
Coça que coça, coça, coça, comichão
Vai coçar pra outras banda e deixa em paz meu coração
Coça que coça, coça, coça, comichão
Vai coçar pra outras banda e deixa em paz meu coração
Nós semos moço, temos a vida pela frente
Não faz mal que se a gente perde um pouco a esperar
Quando der jeito a gente ajeita um ranchinho
E junta o padre com os padrinhos sai da igreja e vai pra lá
E eu te coço, e tu me coça, e se coçemu
Eu grito: num se assustemo, General Onório Lemu
E eu te coço, e tu me coça, e se coçemu
Eu grito: num se assustemo, General Onório Lemu





Fonte: http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/664052/
http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/664045/
http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/47081/

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