domingo, 10 de junho de 2012

100 Anos de Gonzaga!

   Esse vídeo, é uma homenagem feita pelo "Studio Viva" sobre o centenário de Luiz Gonzaga, e que contou com a importante participação de Waldonys que é afilhado de Luiz e que considera o rei do Baião o seu mestre, já que o acompanha desde sua infância.

"Foi o primeiro grande mestre assim, que eu e já me apaixonei de cara pela sua obra, pela sua música... A gente perto do seu Luiz Gonzaga 'tava' sempre aprendendo, ele foi assim pra mim como uma grande universidade da vida, da música, de tudo!"
Waldonys sobre Luiz Gonzaga



Análise da Música Aroeira


   A música “Aroeira” de Luiz Gonzaga começa fazendo referência a uma árvore, que é típica da nossa região, que é exatamente a chamada “Aroeira-do-Sertão” que se pode perceber em trechos como: “Passei um dia pela sombra da aroeira, mas que árvore traiçoeira, veja em que eu fui me meter...”. Logo mais a frente ele fala que a árvore causa uma grande coceira, como se percebe nos versos: “Fiquei dez dias numa baita comichão. Corpo emzambuado desde o imbigo até o dedão...”; Mas, na verdade, quando ele citou essa planta, ele pretendia somente fazer uma comparação com o amor de sua amada, que se percebe quando ele diz: “Pois teu amor comicha mais que aroeira...”. Então a partir daí ele começa a falar sobre o amor deles, e que ela meche muito com ele, mas assim mesmo, ele pretende se casar com ela, como se percebe nos versos: “Quando der jeito a gente ajeita um ranchinho. E junta o padre com os padrinhos sai da igreja e vai pra lá...”
    Luiz também faz o uso de expressões da região Nordeste, como: “baita”, “imbigo”, “coçemu”, entre outros. Já que em suas músicas sempre está explícito características e expressões nordestinas.  




Gabrielle Rodrigues

Análise da Música Asa Branca


   A música fala da Seca no Nordeste brasileiro, que por ser muito intensa, obriga o seu povo a migrar, assim como as aves também, a exemplo da asa branca que é um tipo de um pombo que quando bate asa do sertão anuncia à seca.     
   Na música Asa Branca, Luiz Gonzaga faz uso da linguagem regional, como "oiei", "prantação", "farta d'água", "inté", "intonce". Também retrata um pouco dos costumes nordestinos, "Qual fogueira de São João", onde mostra a tradição das pessoas de acender fogueira nos festejos juninos. Relata um problema marcante da região, a seca, onde a população da zona rural sofre com a falta de água, o que ocasiona a sede, morte de animais e a necessidade dos moradores se deslocarem para zona urbana para melhores condições de vida, que podemos perceber no trecho: "'Intonce' eu disse, adeus Rosinha, guarda contigo meu coração."




Karinna Soares e Rubenio Mendonça




Músicas: Asa Branca, A Volta da Asa Branca e Aroeira

Asa Branca:


Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração

A Volta da Asa Branca:

Já faz três noites
Que pro norte relampeia
A asa branca
Ouvindo o ronco do trovão
Já bateu asas
E voltou pro meu sertão
Ai, ai eu vou me embora
Vou cuidar da prantação
A seca fez eu desertar da minha terra
Mas felizmente Deus agora se alembrou
De mandar chuva
Pr'esse sertão sofredor
Sertão das muié séria
Dos homes trabaiador
Rios correndo
As cachoeira tão zoando
Terra moiada
Mato verde, que riqueza
E a asa branca
Tarde canta, que beleza
Ai, ai, o povo alegre
Mais alegre a natureza
Sentindo a chuva
Eu me arrescordo de Rosinha
A linda flor
Do meu sertão pernambucano
E se a safra
Não atrapaiá meus pranos
Que que há, o seu vigário
Vou casar no fim do ano.

Aroeira:

Passei um dia pela sombra da aroeira
Mas que árvore traiçoeira, veja em que eu fui me meter
Fiquei dez dias numa baita comichão
Corpo emzambuado desde o imbigo até o dedão
Desde esse dia, nunca mais entrei no mato
Prefiro carrapato a ter de novo a coçação
Desde esse dia, nunca mais entrei no mato
Prefiro carrapato a ter de novo a coçação
Pois teu amor comicha mais que aroeira
Vou fazer uma benzedura pra ele não me comichar
Faço uma cruz com três raminhos de alecrim
E antes que chegue no tempo, teu amor não coça em mim
Coça que coça, coça, coça, comichão
Vai coçar pra outras banda e deixa em paz meu coração
Coça que coça, coça, coça, comichão
Vai coçar pra outras banda e deixa em paz meu coração
Nós semos moço, temos a vida pela frente
Não faz mal que se a gente perde um pouco a esperar
Quando der jeito a gente ajeita um ranchinho
E junta o padre com os padrinhos sai da igreja e vai pra lá
E eu te coço, e tu me coça, e se coçemu
Eu grito: num se assustemo, General Onório Lemu
E eu te coço, e tu me coça, e se coçemu
Eu grito: num se assustemo, General Onório Lemu





Fonte: http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/664052/
http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/664045/
http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/47081/

Cultura Nordestina


Os estados que compõem a região Nordeste são: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Esse complexo regional apresenta grande diversidade cultural, composta por manifestações diversificadas. Portanto, serão abordados alguns dos vários elementos culturais da região em destaque:
O Carnaval
Reisado
O carnaval é o evento popular mais famoso do Nordeste, especialmente em Salvador, Olinda e Recife. Milhares de turistas são atraídos para o carnaval nordestino, que se caracteriza pela riqueza musical e alegria dos foliões. O maracatu é originário de Recife, capital de Pernambuco, surgiu durante as procissões em louvor a Nossa Senhora do Rosário dos Negros, que batiam o xangô, (candomblé) o ano inteiro. O maracatu é um cortejo simples, inicialmente tinha um cunho altamente religioso, hoje é uma mistura de música primitiva e teatro. O Reisado, ou Folia de Reis, é uma manifestação cultural introduzida no Brasil colonial, trazida pelos colonizadores portugueses. É um espetáculo popular das festas de natal e reis, cujo palco é a praça pública, a rua. As festas juninas representam um dos elementos culturais do povo nordestino. Essa festa é composta por música caipira, apresentações de quadrilhas, comidas e bebidas típicas, além de muita alegria. Consiste numa homenagem a três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro. As principias festas juninas da região Nordeste ocorrem em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB). Bumba meu boi é um festejo que apresenta um pequeno drama. O dono do boi, um homem branco, presencia um homem negro roubando o seu animal para alimentar a esposa grávida que estava com vontade de comer língua de boi. Matam o boi, mas depois é preciso ressuscitá-lo. O frevo surgiu através da capoeira, pois o capoeirista sai dançando o frevo à frente dos cordões, das bandas de música. É uma criação de compositores de música ligeira, especialmente para o carnaval. Com o passar do tempo, o estilo ganhou um gingado composto por passos soltos e acrobáticos. A festa de Iemanjá é um agradecimento à Rainha do Mar. A maior festa de Iemanjá ocorre na Bahia, no Rio Vermelho, dia 2 de fevereiro. Todas as pessoas que têm “obrigação” com a Rainha do Mar se dirigem para a praia. O Candomblé consiste num culto dos orixás que representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos, como a água, o vento, as florestas, os raios, etc. É de origem africana e foi introduzido no país pelos escravos negros, na época do Brasil colonial.
Literatura de Cordel
A Literatura de Cordel é uma das principais manifestações culturais nordestinas, consiste na elaboração de pequenos livros contendo histórias escritas em prosa ou verso, sobre os mais variados assuntos: desafios, histórias ligadas à religião, política, ritos ou cerimônias. É o estilo literário com o maior número de exemplares no mundo. Para os nordestinos, a Literatura de Cordel representa a expressão dos costumes regionais.
A culinária nordestina foi formada através da influência das culinárias portuguesa, indígena e africana. A mistura de sabores e temperos foi sendo, aos poucos, sendo formado durante o período colonial.
• Os pratos da culinária da região Nordeste caracterizam-se pela presença marcante de temperos fortes e apimentados.
• Carne seca (carne de sol ou jabá), peixes e frutos do mar são presenças marcantes quase obrigatórias na culinária do Nordeste.
• Os pratos típicos da culinária nordestina são: moqueca, vatapá, buchada de bode, acarajé, sarapatel e sururu.
Um dos pratos típicos da região Nordeste: a Canjica
• No café da manhã é comuns a presença da tapioca (feita com farinha de mandioca) e o cuscuz (feito com farinha de milho e leite).
• Como no Nordeste é grande a produção de cana-de-açúcar, o melado é muito usado na elaboração de pratos doces. A rapadura também é muito consumida na região.
• As frutas tropicais (manga, caju, abacaxi, acerola, etc) são muito usadas na produção de doces (compotas) e também consumidas in natura.
• A canjica, que no Nordeste é feita com milho, é uma espécie de pudim, também muito consumida como sobremesa.

Xote, Xaxado e Diversão

      Uma das principais coisas que chamam atenção na cultura nordestina são as músicas e as danças contidas nela. Quando falamos em nordeste, lembramos logo de xote, xaxado e baião, que caracterizam bastante a cultura nordestina.
Dançarinos do Baião
     O baião associa os termos "baiano" e "rojão", pequenos trechos musicais executados por viola, no intervalo dos desafios entre os cantadores de improviso. Mas o gênero consagrou-se e ganhou novas características quando o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga popularizou-o através do rádio em todo o Brasil. É este o ritmo que predomina hoje nos forrós.
      O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de valsa e de polca. É uma dança muito versátil e pode ser encontrada, com variações rítmicas. Diversos outros ritmos possuem uma marcação semelhante, podendo ser usados para dançar o xote, que tem incorporado também diversos passos de dança e elementos da música latino-americana, como, por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e mambo.
Dançarinos do Xaxado
    Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos cangaceiros, sem acompanhamento instrumental, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopéia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão. A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, "nessa dança, a dama é o rifle". As roupas eram sempre em tons marrons e cáqui, de couro para que se protegessem dos espinhos da caatinga do sertão e sempre acompanhadas do rifle e da alpercata do mesmo material. E até hoje esses ritmos fazem parte da nossa cultura nordestina.


Angela Cartaxo



Biografia do Rei do Baião!


   Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, um lavrador e sanfoneiro; e de Ana Batista de Deus, agricultora e dona de casa. Desde criança se interessou pela sanfona do pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas, feiras e forrós.
   Saiu de casa em 1930 para servir ao exército, mas sua fama de sanfoneiro já era conhecida. Viajou pelo Brasil e de vez em quando se apresentava em festas tocando sanfona. Quando foi em 1939 foi morar no Rio de Janeiro com sua primeira sanfona nova.
   Passou a tocar nos cabarés, bares e até mesmo nas ruas recolhendo dinheiro com o chapéu. Começou a participar de programas de calouro, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ari Barroso, tocou sua música (Vira e mexe) que ficou em 1° lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas inclusive gravando discos, como sanfoneiro para outros artistas. Até que em 1941 passou a gravar como solista.
   Continuou fazendo programas em rádio, como “Rádio Clube do Brasil” e na “Rádio Tamoio”. Em 1946 começou uma parceria com Miguel Lima que colocou letra em ''Vira e mexe'', transformando-a em “Chamego” que faz bastante sucesso. Nessa época também, ele recebeu o apelido “Lua” do seu amigo Paulo Gracindo.
Luiz Gonzaga no programa J. Silvestre
   Sua parceria com Miguel Lima decolou e várias músicas fizeram sucesso, como: "Dança Mariquinha" e "Cortando Pano", "Penerô Xerém" e "Dezessete e Setecentos", agora gravadas pelo sanfoneiro e, também cantor, Luiz Lua Gonzaga. No mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto Teixeira, com quem sedimentou o ritmo do baião, com músicas que tematizavam a cultura e os costumes nordestinos. Seus sucessos eram quase anuais: "Baião" e "Meu Pé de Serra" (1946), "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" e "Mangaratiba" (1948) e "Paraíba" e "Baião de Dois" (1950).
   Em 1945, assumiu a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora e dançarina Odaléia. E, em 1948, casou-se com Helena das Neves. Dois anos depois, conheceu Zé Dantas, seu novo parceiro, pois Teixeira cumpria mandato de deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950, fizeram sucesso com "Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca". Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.
Luiz Gonzaga com seu filho Gonzaguinha
   Outros ritmos, como a bossa-nova, subiram ao palco, e o Rei do Baião voltou a fazer shows pelo interior, sem perder a popularidade. Zé Dantas faleceu em 1962 e o rei fez parcerias com Hervê Cordovil, João Silva e outros. "Triste Partida" (1964), de Patativa do Assaré, foi também um grande sucesso. Geraldo Vandré, Gilberto Gil e Caetano Veloso começaram a regravar as músicas de Luiz e sempre o citavam como uma das suas influências. Durante os anos 70, fez shows no Teatro Municipal, de São Paulo e no Tereza Raquel, do Rio de Janeiro.
   Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso. Gravou com Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento etc. Sua dupla com Gonzaguinha deu certo. Fizeram shows por todo o país com "A Vida de Viajante", passando a ser chamado de Gonzagão. Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. O grande rei do baião “Luiz Gonzaga”, morreu em Recife (PE), em 2 de agosto de 1989.


Esse vídeo, é uma animação que foi criada como
homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga. E que
mostra uma boa parte da sua história, e dos seus méritos.




Gabrielle Rodrigues e Kamilla Rafhaella


Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/luiz-gonzaga.jhtm

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Projeto


Objetivo Geral:

Promover a valorização da cultura nordestina, através de pesquisas e produções, tendo como base a teórica o centenário de Luiz Gonzaga.

Objetivos Específicos:

• Analisar a semelhança das músicas e da cultura nordestina;
• Compreender a importância de Luiz Gonzaga na caracterização da cultura nordestina;
• Conhecer os principais fatos da biografia de Luiz Gonzaga;
• Mostrar as riquezas culturais do povo nordestino;
• Apresentar as principais obras de Luiz Gonzaga.

Metodologia:     

   Com base nas pesquisas feitas sobre Luiz Gonzaga e a cultura nordestina, foram produzidos textos em sala de aula, abordando os principais aspectos da cultura nordestina.   
 Também será feita a análise de duas músicas de Luiz Gonzaga, são elas: "Asa Branca" e "Aroeira". Nela serão analisados o contexto e a mensagem passada pelas músicas.   
   Com base no material produzido, iremos criar um blogger (O eterno cantador) onde será exposto todo o projeto. Quando finalizado, o mesmo será apresentado à turma.

Justificativa:   

    Luiz Gonzaga nasceu no sertão do Pernambuco, em Exu, no ano de 1912. Ele era um autêntico representante da cultura nordestina, e manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no Sudeste do Brasil. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca. Iremos trabalhar duas grandes obras desse artista: Aroeira e Asa Branca. Como meio de homenagear o centenário do Rei do Baião.   
   Já que falamos do rei do Nordeste, não tem como deixar de enfatizar e importância da cultura nordestina, que é riquíssima com muitas danças como o coco, o frevo e as danças juninas; com várias manifestações culturais como o maracatu, o reisado, a festa de Iemanjá, a literatura de cordel e o bumba meu boi. Também é bastante característico da nossa região o artesanato e a modalidade de luta e dança: a capoeira.   
   Esse projeto vai nos oferecer um grande conhecimento sobre a cultura e a riqueza do Nordeste e também sobre o grande homem que foi Luiz Gonzaga.